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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

da origem


Não sou lá muito fã de post de apresentação, mas acho necessário, então vamos lá. Talvez você saiba, talvez não, mas eu costumava escrever no blog Minoria é a mãe, cuja era de ouro aconteceu há uns dois anos. Ele começou com três pessoas, depois duas, depois uma, e hoje em dia ainda está lá firme e forte com os textos antigos e os mais recentes. Quando a gente teve a ideia e lançou o blog, eu estava começando a entrar em contato com o feminismo; meus posts refletiam isso. Na verdade, dá pra notar que a proposta toda do blog é bem voltada para um tipo de Feminismo 101, com textos introdutórios sobre diversos assuntos. Os comentários que recebíamos confirmaram nossas suspeitas: grande parte das pessoas que chegavam lá estavam em busca de (ou só toparam com) um lugar por onde começar. 

Acho importante começar falando do Minoria porque, afinal, essa é a história de porque parei de escrever sobre feminismo e porque voltei. Parei por muitos motivos, entre eles a boa e velha falta de tempo, mas também desmotivação e o fato de que eu não me identificava mais com o que escrevia (entre outras coisas).

Eu não desisti do feminismo (e nem poderia), mas me afastei do ativismo. Não conseguia mais escrever e, principalmente, não conseguia mais escrever do jeito que fazia no Minoria. Insisto tanto nisso porque esse é um blog novo, então você se pergunta, ué, então por que não simplesmente voltar a escrever no blog antigo? Primeiro porque eu não sou mais a mesma pessoa que escrevia lá; eu digo que na época eu era iniciante não porque hoje eu seja especialista em alguma coisa, mas sim porque na época eu ainda estava descobrindo um mundo novo, cheio de problemas que precisavam ser vistos e entendidos. Hoje eu já estou nesse mundo, ainda cheio de problemas pra descobrir, e com os mesmos problemas de antes já vistos e nunca resolvidos. Então eu parei e pensei: eu vou morrer falando disso tudo e nada do eu faça vai mudar alguma coisa. Bad, bad place.

O segundo motivo é uma questão de formato e de… tom. O que eu escrevia pro Minoria é diferente do que eu escrevo hoje em dia; eu queria um espaço pra escrever sobre o que ainda estou pensando, ainda estou reunindo, algo que naturalmente teria um tom bem mais pessoal do que os textos que eu costumava escrever, e que só iria confundir aqueles que chegavam lá em busca de uma introdução. No fim das contas, o que eu quero dizer é que hoje em dia eu percebo que o que eu escrevia era ingênuo demais. Eu não estava nem arranhando a superfície do que realmente me inquietava; eu tenho dúvidas, não respostas.

Já que esse negócio já tá muito grande e eu tô falando de tom pessoal mesmo, vamos a um fato importante: quem sou eu. Muni é o nome pelo qual eu me identifico na internet já há algumas eras, agora com a recente inclusão do acento por motivos de: eu quis assim. Mas a pronúncia fica a gosto do leitor, no hard feelings. Hoje em dia sou estudante de Letras Inglês, mas no meu passado nebuloso podem ser encontrados seis semestres cursados de Engenharia de Computação. Digamos que fiz umas más escolhas no ENEM de 2010, mas isso já foi consertado. Tenho vinte e dois anos e ainda preciso mostrar identidade por aí pra provar que tenho mais de dezoito. Trabalho como analista de sistemas / english teacher, porque o que seria da vida sem emoção, não é mesmo? Nas horas vagas, também conhecidas como aquele momento em que eu deveria estar dormindo, escrevo fic, choro por personagens fictícios, faço freela de tradução e também desenho.

O que eu pretendo fazer nesse blog (aê finalmente) é, obviamente, tudo isso sobre o que eu já tagarelei no começo, mas também traduzir. Tem muitos posts excelentes e informativos pra caralho por aí que infelizmente não são acessíveis pra quem não lê inglês, então vamos consertar isso. Outra característica deles é que nem tudo pode ser simplesmente trazido pro contexto do feminismo no Brasil porque ele é diferente do contexto do feminismo gringo em vários aspectos. Vamos falar sobre isso também. Ou tentar, sei lá.

Wish me luck.

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